Lembram que no feriado de Abril dei algumas dicas e uma delas foi de um passeio/cavalgada que fiz? A paisagem é belíssima, os anfitriões Ângela e Paulo Hafner são muito simpáticos e sabem receber e acolher as pessoas. Outro ponto alto do passeio é a comida… comida de fazenda, churrasco de chão… e Paulo é um amante da boa comida e adora cozinhar. Dependendo do passeio escolhido, algumas refeições são preparadas pelo Paulo… Divido com vocês uma de suas saborosas receitas:

Matambre a Campofora (receita de Paulo Hafner)
Matambre é um corte de carne de segunda, quase uma “achura”, ou “miúdo”, desprezível, mas de primeira hora como se vê a seguir – é a carne dura que recobre a costela, e o termo vem do espanhol “mata hambre” (mata-fome), por ser a que mais cedo vai pra cozinha na carneação, ainda enquanto se trincha o boi. Difícil talvez de encontrar num mercado longe da carniceria, dos abates, dos frigoríficos ou das fazendas de criação.
Faz parte da culinária gaúcha de língua espanhola ou portuguesa – ou seja, nos confins do Rio Grande e donde se ande quem sabe a cavalo(!!!). Há de se encontrar matambres seja nos açougues, nas cavalgadas, seja numa mesa de galpão em qualquer fazenda. Passa perto das grandes cidades apenas nas churrascarias de origem gaúcha e mesmo assim sempre recheado e enroldado no espeto (especial, também).
Nossa receita é de “própria lavra” – sonhada com lágrimas de saudade no canto da boca em madrugadas frias da Fronteira ou da Serra Gaúcha (mais apetitoso que babar no travesseiro, não?).
Sustância:
1kg de matambre cortado em quadrados de dedo grosso de espessura, magro ou gordo (ao gosto do cozinheiro);
2 cebolas grandes, em quartos de rodela;
2 cervejas pretas – das amargas, long neck (e dizer que é gaúcho);
sal e pimenta do reino a gosto;
mostarda Hemmer escura.
Pinhão de araucárias, cozido ou tostado na chapa do fogão a lenha (acompanhamento).
Lida de campo:
Reculutar (juntar tudo) numa panela de ferro – para “mijoter”!
Cozinhar lentamente, tampado, sem deixar secar (juntar água da cacimba sempre que ameace); quando a carne estiver macia, destampar e seguir – em fogo baixo – para reduzir e o molho “garrar corpo”.
Apressados podem usar panela de pressão – em uma hora o matambre está macio (baixar o fogo quando a panela começar a relinchar – pra não exemplar a cozinha…).
Apresentação:
Servir com pinhões de araucária, cozidos ou tostados na chapa do fogão a lenha (se estiver cavalgando conosco no outono, catado ao redor das casas na manhã do preparo…) Usa-se descascar!
Imagina-se que sirva quatro pessoas não muito esganadas.
Quantia de vinho a gosto – antes, durante e depois.

Matambre a CampoFora
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